Nos tempos remotos do mega drive surge o que seria o tataravô do projeto natal da Microsoft, seria o Sega Activator um projeto que passou batido. Projeto Natal é para os fracos.

E você achou que ficar pulando na frente da televisão era invenção da Nintendo? E você achou que usar os pés para jogar era invenção da Microsoft? É claro que não, afinal você lê esse blog e é bem informado. (E se achava que era, fica quietinho e faz cara de conteúdo que ninguém vai perceber). Isso já existia na época do 16-bits da Sega, o Mega Drive.

O que é o Sega Activator?

É tão obscuro que nem na wikipedia você vai achar. É sério, tenta... Viu? Nem na wiki norte-americana, só uma citaçãozinha de nada.

Ok, mas você não está aqui para saber se o assunto tem na wikipedia, né? O Sega Activator é um acessório de plástico composto por 8 partes que você deve montá-lo (como se fosse um lego), formando um octógano (?, sei lá, só sei até pentágono, depois fugi da escola...). Encaixa-se isso na entrada de controle do Mega Drive e se tem o controle mais estranho de todos os tempos. Ok, ok... Um dos controles mais estranhos de todos os tempos.

Cada uma dessas peças emite uma luz infra-vermelha e quando você passa a mão, o pé ou qualquer outra parte do corpo (não, aquilo não, tem que ser grande o bastante) a luz é interrompida, assim o aparelho entende que aquilo foi um pressionar de botão.

Oito partes, porque quatro representam os direcionais (cima, baixo, direita e esquerda), os diagonais prá frente representam os botões B e C e os diagonais de baixo representam o A, quando apertados separados, e o Start, quando apertados juntos. Simples, né?

Tente fazer um hadouken. É mais fácil criá-lo na vida real...


E por que o Sega Activator não deu certo?

Qualquer acessório que precise com que você releia um parágrafo 3 ou 4 vezes para tentar entender o que ele faz, não é simples. E digo mais, a geringonça era tão difícil de se entender que até um video feito pela Sega era distribuido quando se comprava o acessório. O vídeo é esse que ilustra o artigo.

Era necessário também se calibrar o controle toda vez que você ligava o videogame ou trocava o cartucho. Tá, nada complicado, era só esperar 20 segundos (!). Bem prático.


Além de tudo isso, jogar com esse tapete é tão prático quanto utilizar um carro para ir do seu quarto até o banheiro. A idéia por trás é boa, utilizar movimentos do corpo para que o videogame reaja como se fosse você. Mas na prática você ainda está apertando botões, a diferença é que você não está apertando botões com o seu dedão, e sim com o seu corpo inteiro.

E prá ajudar, custava 150 dólares, o mesmo que o Mega Drive custou no lançamento.



Embora fosse compatível com absolutamente qualquer jogo de Mega Drive, imagine que para você se defender de um ataque em vez de colocar os braços próximos ao seu corpo você deveria levantar a sua perna em uma direção para acionar um botão. E para fazer um simples movimento de pulo para frente e depois uma pequena correção para trás? Perna prá um lado, mão para o outro, tira a mão e joga a mão pro outro lado. Pois é, tão natural quanto tirar caquinha do nariz com o dedo mindinho do pé!

Por essas e outras o Sega Activator não deu certo e está aqui em mais uma edição de Acessórios que você NÃO deveria testar...


Antes de ir, que você achou da empolgação dos apresentadores com o Project Natal? Que tal um banho de água fria?




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